A Armênia se junta à Irlanda, Noruega e Espanha ao anunciar o reconhecimento de um Estado palestino, conforme um relatório russo atribuído ao Ministério dos Negócios Estrangeiros armênio.
Com essa decisão, a Armênia se une a outros oito países que fizeram o mesmo anúncio desde 7 de outubro do ano passado, incluindo Barbados, Jamaica, Trinidad e Tobago, Bahamas, Irlanda, Espanha, Noruega e Eslovênia. Agora, 144 dos 193 estados membros da ONU reconhecem o Estado palestino, representando cerca de 75%.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Armênia, “o reconhecimento do Estado palestino demonstra o compromisso de Yerevan com os princípios do direito internacional e da igualdade”. A decisão é motivada pela “situação humanitária catastrófica em Gaza e pela continuidade do conflito armado”.
O anúncio também destacou que “a Armênia rejeita veementemente os ataques a infraestruturas civis, ataques a civis e sequestros de civis”, juntando-se aos apelos internacionais por sua libertação incondicional. Além disso, a Armênia pediu um cessar-fogo imediato.
Vale lembrar que a Armênia tem enfrentado desentendimentos com o Azerbaijão, vizinho do Irã e aliado político de Israel, que também recebe apoio militar israelense. Desde a retirada dos armênios étnicos de Nagorno-Karabakh e a entrada do Azerbaijão no território disputado, Yerevan e Baku têm mantido negociações para alcançar a paz e encerrar o conflito entre eles.
Menos de um mês atrás, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Muhammad Mustafa, afirmou ao jornal saudita “A-Sharq Al-Awsat” que mais cinco países europeus reconhecerão em breve um Estado palestino. Segundo Mustafa, outros países não europeus estão em discussão para seguir o mesmo caminho, o que pode ocorrer nos próximos meses.
A relação entre Israel e Armênia tem evoluído ao longo dos anos, apesar de sua complexidade. Historicamente, a Armênia mantém relações amistosas com países árabes e o Irã, enquanto Israel tem fortes laços com o Azerbaijão. Nos últimos anos, no entanto, Israel e Armênia estabeleceram relações diplomáticas, incluindo visitas e discussões sobre áreas de interesse comum, como tecnologia e agricultura.
Fonte: IsraelHayom