Netanyahu foi avisado já em 2016

A pesar de Benjamin Netanyahu ter dito que não sabia do que poderia ocorrer, pelo visto ele foi avisado em 2016, pelo então Ministro da Defesa, Avigdor Lieberman que detalhou o perigo em um documento ultra-secreto. Agora, o YnetNews publicou o que havia nele, e os detalhes são assustadores.

Ao longo de 11 páginas, seção por seção, foram detalhadas as intenções do Hamas, incluindo a infiltração de forças qualificadas no território israelense, a ocupação dos assentamentos vizinhos e a tomada de reféns. O principal objectivo, diz, é “a destruição de Israel até 2022 e a libertação de todos os territórios palestinianos”.

Este documento, que previa resultados piores que os da Guerra do Yom Kippur, foi elaborado em 21 de dezembro de 2016 pelo então Ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, preocupado com o fortalecimento da organização terrorista que controla Gaza. Mas nenhuma das partes expostas aos avisos, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o antigo chefe de gabinete Gadi Eisenkot, encararam este cenário com a seriedade que merecia.

O documento, classificado como “ultrassecreto”, fazia uma avaliação da situação da Faixa de Gaza e detalhava a posição do então Ministro da Defesa. Incluía objectivos desejáveis ​​(“garantir que o próximo confronto entre Israel e o Hamas será o último”), detalhava a melhor forma de o fazer (“apenas se Israel surpreender o Hamas com um ataque surpresa, um ataque frontal”), e até mesmo as ações necessárias que levarão à derrota da maioria dos líderes do ramo militar do Hamas.

Mais tarde, de forma precisa e arrepiante, foi descrito o horrível ataque terrorista que ocorreria sete anos depois. “Adiar a decisão de realizar um ataque preventivo em Gaza depois de julho de 2017”, diz o documento, “seria um erro grave com consequências de longo alcance e, em alguns aspectos, até mais do que os resultados da Guerra do Yom Kippur, quanto aos seus efeitos na frente interna israelense, na consciência dos cidadãos de Israel e na imagem e status de Israel na região”.