Irã, Rafah ou Líbano, onde Israel deve atacar primeiro?

O Estado de Israel se encontra em um perigoso cruzamento existencial, após mais de seis meses de guerra, dividido entre o sul e o norte, agora pode estar diante de uma guerra regional caso ataque o Irã conforme seus líderes prometeram. Diante deste quadro é que venho aqui tentar clarear a situação, afim de possamos entender melhor quais serão os próximos passos e os perigos que eles trazem consigo.

O ataque iraniano pegou de surpresa o Mundo, mas não as Forças de Defesa de Israel, que com a ajuda da coalisão internacional, abateram nada menos que 99% de todas as ameaças iranianas. Infelizmente, nenhuma nação no mundo, diante de um ataque como esse, pode dar-se ao luxo de não revidar, e o real problema é quando e como. Principalmente diante das ameaças de extermínio por parte do Irã.

A Situação na Frente Sul de Israel e a Faixa de Gaza

Na frente sul, o planejamento das Forças de Defesa de Israel era iniciar uma operação sem precedentes no lugar mais perigoso e populoso de Gaza neste momento, a região de Rafah, junto a fronteira com o Egito. O ataque iraniano e a defesa do território israelense acabaram por adiar esta investida. Mas o fato é que a situação dos reféns é preocupante, Hamas tem dado sinais de que o número de sobreviventes entre eles é cada vez menor. Enquanto o grupo terrorista não cede, os números diminuem de semana para semana. Na situação atual, qualquer negociação é inviável, pois o grupo terrorista não quer de fato nenhum acordo que não preserve sua soberania em Gaza.

Infelizmente, a única forma de eliminar o perigo de uma nova restruturação do Hamas, é entrando em Rafah, convocar novas forças, e voltar a atacar massivamente na região central e sul de Gaza. Mesmo que esta operação seja de casa em casa. Israel não pode se dar ao luxo de não eliminar o Hamas, custe o que custar, inclusive o isolamento diplomático. Existem outra frente que Israel deve se empenhar para combater o grupo terrorista, não são somente os túneis de Gaza, mas principalmente os canais pelos quais o dinheiro chega nas mãos do Hamas.

A Situação na Frente Norte de Israel e o Líbano

Na frente norte, cerca de 100 mil moradores foram evacuados ou tiveram que se evacuar das regiões próximas a fronteira com o Líbano, centenas de residências foram completamente destruídas por disparos de foguetes tipo RPG, anti-tanque, do Hezbollah. Ao mesmo tempo, Israel já eliminou cerca de 300 terroristas do grupo, e o número cresce todos os dias. Mas isso é uma gota no oceano dos mercenários da república islâmica do Irã. As FDI já realizaram pequenas operações, com soldados, em pleno território libanês e o risco de uma guerra de grande proporções é muito grande. Hezbollah parece não ter freio e esqueceu como foi a causa de destruição do país na última guerra.

Infelizmente, é necessário dizer, que na situação atual, Israel não tem condições de recrutar uma grande tropa conforme fez para invadir Gaza. Os jovens e homens maduros que servem ao país todos os anos também estão cansado, estão preocupados em como sustentar suas família. Como reconstruir depois de tantos dias fora de casa. Desta forma, a guerra com o Líbano, ficará limitada em operações especiais e bombardeios por parte da Força Aérea de Israel. Infelizmente nós sabemos, que uma guerra como essa, leva a um grande número de mortos, de ambos os lados, a pressão internacional vai aumentar e por fim, um acordo de cessar fogo será assinado. Hezbollah nunca permitiu e permitirá um acordo de paz, principalmente por que hoje, ele faz parte do governo libanês. A única forma de haver um acordo de paz entre Israel e Líbano é eliminando completamente o Hezbollah.

A Situação na Frente de Defesa e o Irã

Pela primeira vez na história, uma nação no Mundo, atacou outra nação, sem mesmo ter fronteira com quem está lutando. Esta é uma situação absurda que o Mundo se cala diante dela. Nas últimas 4 décadas Irã tem atacado Israel através de atos terroristas financiados e executados através de seus proxies, os tentáculos iranianos, seja o Hezbollah, seja o Hamas, a Jihad Islâmica, os Houties e etc. Mas desta vez, quebrou todas as regras, atacando diretamente o Estado de Israel. Apesar de Israel ter atacado o general iraniano em Damasco próximo a embaixada iraniana, de fato, o local em que ele estava funcionava como uma base e não como um consulado, de onde o homem de alta patente dava ordens de como atacar Israel, gerenciava o financiamento, treinamento e operações da força Quds, o braço militar internacional da Gurada Revolucionária Iraniana.

Diante de tal agressão, com o lançamento de cerca de 600 ameaças, entre Drones, Mísseis de cruzeiro e Balísticos intercontinentais, será que Israel pode se dar ao luxo de não responder conforme o ocidente está pressionando? Temos que lembrar que é exatamente por este tipo de política de aceitação que Hamas e Hezbollah se fortaleceram ao longo dos anos e causaram o maior massacre da história em 7 de Outubro de 2023. Milhares de pessoas em Gaza acabaram morrendo também nesta guerra por causa da falta de freio de um grupo terrorista que não se pode comparar a proporção gigantesca do exército iraniano. Então, se Israel aceitar e não revidar, mesmo que venha por em risco sua população, qualquer que sejam o número de baixas em um novo e cruel ataque iraniano, não vai ser comparado o novo holocausto que poderá ocorrer se o Estado de Israel absorver e aceitar, sem revidar a agressão iraniana. Os olhos do mundo árabe estão fitos e observando qual será a atitude Israel. Se Israel ceder e não reagir, pode ser que perca a cooperação da Jordânia e do Egito na próxima rodada. Pior ainda, todos os outros países que de alguma forma, aspiravam uma cooperação, paz ou acordo com Israel, entenderão que é mais apropriado estar ao lado de quem se mostra mais forte.

Hamas, Irã e Hezbollah: A ordem dos fatos pode alterar o resultado

Exatamente conforme o sub-título acima, se Israel quiser realmente causar impacto e de uma vez por todas surpreender aos inimigos, esta deve ser a sequência operacional das Forças de Defesa de Israel. Sendo esta a resposta, a pergunta que fazemos a seguir é: Quando isso deve acontecer? Está claro que a última coisa que os líderes da nação querem é uma Festa de Pessach debaixo de bombardeios do Irã, Hezbollah e Hamas. No momento em que a mais importante festa do povo judeu se encerrar, Israel deve se preparar para sair do Egito das ameaças. A jornada pelo deserto pode ser dolorosa, mas a final, a herança será de paz e prosperidade. O último dia do Pessach é dia 29 de Abril, e a madrugada de 29 para 30 de Abril, parece ser o ideal para surpreender os inimigos. A sequência deve ser um ataque de forças especiais iniciando na madrugada pelas FDI, logo depois, um ataque surpresa a diversas instalações nucleares do Irã com o mesmo número de disparos, 600 ao todo, afim de que a mensagem seja clara como cristal. Na manhã seguinte, acordar o Líbano com a destruição pelo ar de todas as mansões do oficiais do Hezbollah em Beirute e ao longo da costa libanesa. Além disso, eu faria o mesmo em relação as residências dos oficiais iranianos no litoral da Síria.

Somente uma operação conjunta e orquestrada destas frentes e de tamanho impacto viram a fazer com que o inimigo recuasse, sabendo que devolver a um ataque de forma a ameaça a existência de Israel, poderá convidar os judeus a usarem a arma do juízo final. Ninguém vai querer experimentar o veneno do disparo de armamento nuclear em nenhum lugar do planeta.

Conclusão

Se o alvo for o Hamas, Hezbollah e Irã em suas instalações de força, ou seja, sem por em risco a população, então o número de baixas será mínimo e o efeito máximo. Por isso, creio é necessário muita sabedoria por parte dos líderes de Israel.

Infelizmente, acredito que este artigo não chegará as autoridade israelenses, portanto, a possibilidade de que as ações sejam feitas desta forma, sejam mínimas. A única coisa que creio ser efetiva neste momento, de fato, é a oração. Que Adonai venha a ter misericórdia do seu povo Israel, do povo iraniano e até mesmo dos árabes em Gaza que não apoiam o espírito de destruição e suicida que toma conta deles. Que a vontade e a justiça de Adonai prevaleça.

Pessach Sameach veShaket

Feliz e Tranquila Páscoa Judaica

Desde Sião, Miguel Nicolaevsky

4 thoughts on “Irã, Rafah ou Líbano, onde Israel deve atacar primeiro?

  1. É só pedir a direção de DEUS e mirar o alvo com atiradores de elite direto na cabeça da serpente, pisa na cabeça dela como Davi fez com o Golias, a direção certa é a do sonhor nosso DEUS, esses demônios estão afrontando ainda que indiretamente ão senhor nosso DEUS, DEUS seja o divescudo de todas Israel e não deixe ser tocado nenhum fio de cabelo em Israel para todos sempre em nome de Jesus Cristo, amém amém amém

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