Drama na suprema corte de Israel sobre lei que favorece Netanyahu

Sobre a alteração da “Lei de Bases: O Governo”, que dificulta muito a prisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ontem (quarta-feira) durou mais de cinco horas, durante as quais os três juízes do colegiado – o presidente Ester Hayut, o vice-presidente Uzi Fogelman e o juiz Yitzhak Amit – falaram extensivamente contra esse motivo pessoal da lei, que visa proteger Netanyahu e, na verdade, permitir que ele viole seu acordo de conflito de interesses.

Mas a questão de saber se pela primeira vez o tribunal cancelará uma emenda à Lei Básica permanece em aberto mesmo após o longo debate. Outra possibilidade que surgiu na discussão é a determinação de que a alteração da lei só valerá a partir do próximo Knesset. É claro que é possível que as petições sejam rejeitadas apesar dos comentários dos juízes, ou que eles decidam emitir uma ordem condicional que obrigue o Knesset e Netanyahu a comparecer a outra audiência sobre o assunto – caso em que eles podem expandir a composição dos juízes para uma composição mais ampliada, que possa ter mais “legitimidade” para intervir na legislação fundamental. A questão da interferência em leis fundamentais também será levantada no mês que vem na audiência explosiva adicional prevista para 12 de setembro – em torno das petições contra a cassação da razoabilidade – e para esta audiência já foi composta a composição inédita de todos os 15 desembargadores do STF sido determinado.

Lembremos que a Lei de Defesa de Israel foi promulgada no Knesset em um rápido procedimento que durou apenas cerca de um mês e somente depois que uma petição foi apresentada contra Netanyahu exigindo que ele fosse removido para Israel. A nova lei estabelece que o afastamento para prisão só será feito no caso de o próprio Primeiro-Ministro declarar que está fisicamente ou mentalmente incapaz de exercer as suas funções ou no caso de 75% dos membros do Governo solicitarem que o Primeiro-Ministro ser removido para o confinamento contra sua vontade, então o pedido será submetido a votação no Knesset – onde será necessária uma maioria de 80 membros do parlamento.

4 thoughts on “Drama na suprema corte de Israel sobre lei que favorece Netanyahu

  1. Muito bom, essa iniciativa, pois desta forma temos uma visão panorâmica do que é real ou não
    Deus os abençoe para que fiquemos alertas com tudo que vem acontecendo
    Um abraço

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